RADIO DIGITAL ANOS 80


quinta-feira, 27 de maio de 2010

A COPA DO MUNDO É PRA TODO MUNDO.


No dia 30 de Outubro de 2007 a FIFA ratificou o Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014. Em maio de 2009, foi anunciada as 12 cidades sede que receberão os jogos da Copa: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Dentre as 12 cidades escolhidas, 4 a 6 delas deverão receber também a Copa das Confederações 2013, evento que seve como teste para a Copa. Os estádios de Natal, Recife e Salvador serão construidos especialmente para a Copa. Apesar de ainda não estarem definidas, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro são as mais cotadas para receber os jogos de abertura e encerramento da Copa do Mundo, respectivamente. O Ministério do Turismo é o principal órgão do Governo Federal na organização do evento, e os critérios para a escolha das cidades fizeram parte de uma estratégia, visando o favorecimento do turismo nas regiões que receberão o evento.
A FIFA convocou em agosto, todos os arquitetos e coordenadores da organização da Copa de 2014 para uma reunião de ajuste dos projetos de estádios. Um documento enviado pela direção da FIFA na Suíça tinha diversas diretrizes referentes à parte arquitetônica dos estádios, inclusive orientações precisas sobre acessibilidade, com o objetivo de fazer uma Copa 100% acessível. E estabelece que o edital de licitação preveja a adequação das instalações físicas dos estádios para a norma NBR 9050 (Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos). Apesar da acessibilidade nos estádios já estar prevista em nossa legislação há algum tempo, como no decreto 5.296 e até em documentos mais específicos, como o Estatuto do Torcedor, somente agora o Brasil resolve tomar uma atitude mais abrangente. A acessibilidade é um item obrigatório para os países sedes, onde isso é deixado claro já na fase da candidatura, então o comitê de organização da Copa de 2014 no Brasil sabe de suas obrigações, agora só resta cumpri-las de forma correta.

Projeto Ver-o-Gol


A Freeway Brasil realizou o Projeto Ver-o-Gol, onde levou um grupo 15 de pessoas com deficiência visual com 10 acompanhantes e um cão guia, para assistir um jogo de futebol no estádio do Morumbi, onde receberam rádios da ESPN, com os quais ouviram a narração do jogo. No estádio, o grupo ficou no setor térreo vermelho do Morumbi, reservado e preparado para pessoas cegas. Esta iniciativa foi inspirada na experiência do Bayer04 Leverkusen da Alemanha em 1999. “Estes torcedores simplesmente vêem com os ouvidos”, afirmou Andréas Paffrath, encarregado das relações com os simpatizantes deste clube. O sistema foi aplicado nos 12 estádios que receberam jogos da Copa do Mundo na Alemanha em 2006, e em cada uma das 64 partidas do Mundial. Em cada um deles foram reservados 10 locais para cegos, deficientes visuais e seus acompanhantes. Atualmente a acessibilidade para pessoas com deficiência visual já está presente em 95% dos estádios alemães da 1ª divisão, graças à parceria com a ONG Fanclub – Sehhunde, especializada em pessoas cegas. A Freeway é uma agência de turismo pioneira na criação de roteiros turísticos acessíveis no Brasil, e atenta às questões de acessibilidade e inclusão no turismo através do departamento Freeway Acessível.
Porém a Copa não se resume somente aos jogos nos estádios. Segurança, transporte, hospedagem são outros itens importantes que compõem toda a infraestrutura necessária para a cidade receber um evento desse porte. Quase a totalidade dos hotéis brasileiros não cumpre a norma da ABNT onde é indicada que, pelo menos 5% do total dos dormitórios devem ser acessíveis. Existe também a possibilidade de se hospedar num navio cruzeiro, onde a acessibilidade é considerada muito boa.

OS ESTADIOS PARA COPA SÃO ACESSÍVEIS


A Copa do Mundo atrai um grande número de pessoas, mas um dos problemas que o Brasil deve equacionara até 2014 é a construção de arenas capazes de comportar todos os torcedores. Entre eles, estão os deficientes físicos, visuais, auditivos e intelectuais.
Pensando em adequar construções grandes como estádios de futebol, a Fifa criou normas que garantem a acessibilidade para que qualquer deficiente consiga assistir aos jogos do Mundial. “A federação segue normas do livro Green Guide, que indica não só formas de acessibilidade para estádios, como também a segurança das pessoas em caso de emergência”, explica a engenheira da Ieme Brasil, Liana Becocci. Ela já fez trabalhos de adaptação de edifícios e vias públicas para a cidade de São Paulo em um projeto com a prefeitura.
Em entrevista ao Portal 2014, a engenheira debate o assunto que tem repercussão e sensibiliza a sociedade brasileira.
Qual é o primeiro passo para se adaptar um local, seja ele uma via pública ou uma construção?Equipes de engenheiros e arquitetos vão ao campo levantar obstáculos de regiões críticas. Todo o levantamento é jogado em um banco de dados, onde os profissionais começam a fazer as adaptações necessárias. Primeiro o projeto no papel, depois partem para a prática.
Então a adaptação é feita por região?Na verdade nós sempre pensamos em criar rotas acessíveis. Por exemplo, não adianta adaptar só os banheiros, ou só os bebedouros, é preciso pensar no geral. O deficiente deve chegar ao banheiro (exemplo) sem dificuldades. Por isso chamamos de rotas acessíveis.
No caso dos estádios de futebol, como facilitar a ida e permanência do deficiente que quer ver os jogos?Usamos as mesmas regras para os estádios. Tem que criar uma rota para ele chegar até a arquibancada, e uma linha específica de transporte. Esse meio de transporte tem que deixar a pessoa próxima ao local onde vai assistir ao jogo. Aí também entra a questão da segurança. O local onde o deficiente assistirá ao jogo deve ser reservado, para que a pessoa não corra o risco de sofrer algum dano físico. Esse local deve prever, por exemplo, se a pessoa com cadeira de rodas virá acompanhada, ou o deficiente visual, que trará seu cão guia.
Isso tudo já está previsto pela Fifa?Já. A federação colocou todas essas regras no caderno de encargos e, além disso, segue normas do livro Green Guide, que garante a total acessibilidade do local e a segurança. No caderno de encargos, eles falam em entrada privativa acessível, onde as pessoas sejam acomodadas em áreas seguras. Em caso de emergência, o deficiente deve ter uma saída exclusiva do campo. Além disso, há também a visualização do jogo, as pessoas na arquibancada não podem atrapalhar o deficiente.
Alguns estádios do Brasil serão reformados, outros serão construídos. É mais difícil adaptar um estádio já construído do que um que começará do zero?Com certeza. Fica muito mais complicado adaptar uma construção que não foi feita de acordo com as regras de acessibilidade do que uma que começará do zero. Essa última terá a chance de fazer um projeto arquitetônico já adaptado. Em estádios de futebol é pior ainda, porque as contruções, geralmente, são muito antigas.
Construir um estádio adaptado é mais caro?Não, a adaptação de um local é só uma questão de vontade. O custo é o mesmo. Para os estádios que serão reformados, pode ter uma alteração mínima no custo, mas nada que impossibilite o resultado final. Nenhum dinheiro é capaz de pagar a inclusão de um deficiente em um meio social.
Fonte: Portal Copa 2014

sexta-feira, 23 de abril de 2010

TREINOS




Bom pessoal esse ai de branco é proprio Sergio Vida recordista de tiro treinando junto conosco no estand de tiro do clube Santa Monica.



A inclusão social acaba de marcar ponto em pista brasileira, tendo como protagonista o piloto estreante da Stock Car Sérgio Vida (44). Já campeão de kart e recordista paraolímpico de tiro, o curitibano dirigiu em sua terra natal o primeiro carro do país adaptado para deficientes físicos. "É um momento muito importante na história do automobilismo, uma superação de limites", comemora Vida, ao lado dos filhos Gabriella (9) e Lucas (12), da muher, Luciane Gandolfi Vida (40), e dos diretores da sua equipe, a Rangel Power, Sérgio Campos (46) e Afonso Rangel (50). Inscrito na Copa Vicar com um Peugeot 307 de número 36, o piloto também já participou da etapa de Brasília. "Cada corrida é uma conquista", declara Sérgio